A rede estadual tem cerca de 35 mil professores e 12 mil funcionários, distribuídos em 725 escolas para atendimento a 330 mil alunos. A coordenadora geral (SINTE), Fátima Cardoso, explica que a categoria não ficou satisfeita com a posição da Secretaria Estadual de Educação ante as reivindicações. ‘‘O governo só sinalizou com a intenção de pagar parte das promoções, relativas apenas aos processos abertos pelos professores nos últimos cinco anos. Mesmo assim, o governo quer dividir em 24 meses, com repasses de janeiro de 2010 e dezembro de 2011’’, informa. ‘‘Todos os professores têm direito a aumento quando concluem uma pós-graduação, por exemplo, mas o pagamento dos atrasados dos processos abertos nos últimos cinco anos só beneficiaria 20% do pessoal da ativa. Queremos que o benefício seja para o conjunto da categoria’’, reclama.
Com a paralisação, os cerca de 60 mil alunos distribuídos nas 66 escolas e centros infantis do município de Natal também ficam sem aula por tempo indeterminado. Para o professor de educação física, Hudson Gutemberg, a greve era mesmo necessária. ‘‘Sou a favor da greve para que haja valorização da educação, dos professores e para que a sociedade entenda que o sistema adotado atualmente transforma o aluno em um cordeirinho’’, disse.
Reivindicações:
Os professores do município cobram, ainda, a reposição de 34% referente às perdas salariais dos últimos 13 anos; inclusão dos educadores infantis no plano de cargos carreiras e salários dos profissionais da educação; fim da avaliação de desempenho apenas do professor, mas sim, do sistema de educação. ‘‘Tentamos várias vezes negociar com o secretário de Educação, mas ele foi categórico e informou que só vai resolver o que ficou definido pela administração anterior: pagar 12% em abril referente ao total de 34% das perdas salariais desde 1995’’, afirmou Fátima.
Fontes: Diário de Natal; CNTE; Conlutas.
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