Esta semana foi anunciado que o Banco Mundial vai estudar o projeto de remuneração por desempenho da Educação estadual de São Paulo. O estudo do Banco Mundial pretende verificar a possível implantação do modelo paulista em outros países.
No fim do ano passado Bárbara Bruns, do banco mundial, esteve em São Paulo conhecendo os projetos educacionais da rede estadual. A secretária Maria Helena ainda foi à sede do Banco Mundial e apresentou as "novidades" implantadas na rede: Idesp, remuneração por desempenho, guias curriculares, ensino profissionalizante, entre outros.
Além de estudar o Idesp e a remuneração por desempenho, o Banco Mundial acertou com a Secretaria um treinamento a gestores da Pasta, com objetivo de capacita-los a aferir, via dados e pesquisa de campo, a qualidade das aulas nas escolas estaduais.
Esta notícia saiu na página da Secretaria Estadual da Educação. Assim, é preciso esclarecer que a tal "pesquisa de campo" nada mais é que auditorias pedagógicas, onde a qualquer momento as aulas serão fiscalizadas pelos supervisores de ensino, que entraram nas salas de aula e pressionarão os professores a usar o material fornecido pela SEE. Nada contra o material, mas em muitas escolas, ele não tem nada a ver com a realidade dos alunos. O professor também perderá sua autonomia, e sua liberdade de cátedra fica ameaçada.
Outro fato é que o projeto neoliberal na educação irá se ampliar mundo afora, o que somente irá piorar a situação das escolas públicas e dos professores, que não terão mais aumento de salário, mas sim, apenas uma bonificação uma vez ao ano. Os salários se tornarão cada vez mais precários. Os inativos, que não receberão o bônus e não recebem gratificações ficarão em situações adversas, obrigando-os a voltar a ativa, mesmo que estejam sem condições físicas.
Não podemos permitir esse absurdo. Essa política Neoliberal é nefasta, basta analisar os fatos como eles são, não apenas observando os números que a SEE, o governo tucano e a mídia burguesa fazem questão de mostrar.
Nossa Luta deve ser contra esta política de Bônus, por salário, valorização e dignidade a todos os profissionais da Educação.
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