sexta-feira, 13 de junho de 2008

Professores de São Paulo Decretam greve

Os professores da Rede Pública do Estado de São Paulo decretaram, nesta sexta-feira, 13 de Junho, Greve da Categoria.
A Greve foi motivada por mudanças na Legislação que afeta o plano de carreira, e ainda, desrespeita o Estatuto do Magistério Público de São Paulo. Os professores não recebem reajuste salarial e estão sendo impostos a amplas jornadas de trabalho. Muitos estão doentes, e com novos decretos, os docentes não podem se ausentar para cuidar da saúde.
As medidas do Governo Estadual (PSDB) são neoliberais, e a Educação de São Paulo vêm apresentando resultados pífios nas avaliações externas, seja do governo Federal ou Estadual.
É preciso neste momento união da categoria, e continuar firme na luta.

Fotos da Assembleia da Apeoesp, 13/06/08, que decidiu pela Greve.





Abaixo, segue texto publicado no site da APEOESP.
Professores e professoras aprovam
greve contra Decreto 53037/08
Reunidos em assembléia na Praça da República na sexta-feira, 13, cerca de 30 mil professores(as) aprovaram greve com início imediato. A principal reivindicação da categoria – além do atendimento de toda a pauta de reivindicações entregue em janeiro à Secretaria da Educação – é a imediata revogação do Decreto 53037/08, que impõe prejuízos à categoria, entre eles, estabelece avaliação de desempenho aos Admitidos em Caráter Temporário; impede a utilização do artigo 22; dificulta participação nos concursos de remoção; e propõe atribuição de aulas compulsoriamente.

A assembléia aprovou também reuniões em todas as subsedes da APEOESP para a organização da greve. Na segunda-feira, 16, reunião com os professores; na terça e quarta-feiras, reunião com pais e alunos para explicar os motivos da greve. Na quinta-feira, 19, assembléias regionais. Uma nova assembléia estadual foi marcada para sexta-feira, 20, no vão livre do MASP (avenida Paulista), a partir das 14 horas.

Nossas principais reivindicações:

*Revogação do Decreto 53037/08, que impõe vários prejuízos à categoria;
*Reajuste salarial;
*Um novo Plano de Carreira;
*Fim da aprovação automática;
*Liberdade de cátedra;
*Extensão do ALE para todas as unidades;
*Gestão democrática e autonomia da escola;
*No máximo 35 alunos por sala;
*Melhores condições de trabalho;
*Incorporação das gratificações com extensão aos aposentados;
*Concurso público estadual;
*Garantia de emprego e estabilidade a todos os professores.


Nota da APEOESP divulgada à imprensa – 13.08.2008
Greve dos Professores

Em nota divulgada logo após a deflagração da greve dos professores, em assembléia legítima realizada na Praça da República, a Secretaria da Educação incorre em inverdades: afirma que tentou negociar com a APEOESP em cinco reuniões e que o Sindicato deixou de pensar nos alunos ao tomar a decisão de paralisar as atividades.

A APEOESP participou sim de cinco reuniões, após insistentes solicitações junto ao governo estadual. Em apenas uma delas, a Secretária Maria Helena esteve presente. Nas demais, fomos recebidos pela assessoria ou ainda por secretários de outras pastas. Nestas reuniões, o governo se limitou a ouvir as reivindicações da categoria e afirmar que não poderia tomar qualquer providência naquele momento.

Nenhum dos itens da pauta de reivindicações apresentadas foi acatado pelo governo. Todas as ações determinadas por esta administração são impostas autoritariamente e desrespeitosamente, tentando responsabilizar os professores pelos problemas existentes na rede pública de ensino.

Entre os itens propostos nas reuniões, citamos o fim da aprovação automática, a redução do número de alunos por sala, valorização dos profissionais com melhoria salarial e melhores condições de trabalho e políticas adequadas para acabar com a violência nas escolas.

Diante da negativa em atender a nossa pauta, reivindicadas durante os 13 anos de administração deste governo, fica claro que quem não pensa nos alunos e no ensino de qualidade é a Secretaria da Educação e não a APEOESP.

A greve, um direito constitucional, aprovada legitimamente pelos professores, foi o último recurso encontrado para que este governo respeite os profissionais e os alunos e atenda a pauta de reivindicações da categoria.

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