segunda-feira, 30 de junho de 2008

A Greve Continua em São Paulo

A Greve dos Professores Estaduais de São Paulo continua. E continua com força. Na última Assembléia Estadual, dia 27/06/2008, no vão Livre do MASP, 60 mil professores decretaram a continuidade da Greve.

A Greve foi declarada por 30 mil professores que participaram da Assembléia Estadual da Apeoesp na Sexta-Feira, dia 13 de Junho, e teve início na Segunda, dia 16. A greve atingiu 70% das Escolas Públicas Paulistas, segundo o Sindicato. No dia 20/06, outra Assembléia Estadual, com 60 mil professores, rejeitou a proposta do governo e decidiu manter a Greve, que continuou com o nível de 70% de paralisação.

A Greve dos professores já teve avanços positivos:

O decreto 53.037 já teve alterações, superficiais e não suficientes, mas já é uma vitória, pois a SEE dizia, antes da greve ter início, que o decreto era "Imexível".

Outro avanço, foi o aumento oferecido pelo Governo, de 5,41%. Antes da Greve ser deflagrada, o governo não negociava aumento, e afirmava que o aumento seria zero, só oferecendo um "bônus" pelo desempenho no final do ano.

Mas, a maior vitória da Greve dos professores de São Paulo foi a intervenção do Ministério Público do Trabalho, que está favorável a Luta dos Professores, pois ficou claro que a SEE não quer negociar. A Secretária da Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães Castro não compareceu a reunião com o Ministério Público do Trabalho, e também não enviou representantes; o que mostra claramente a não intenção de negociar e atender as reivindicações dos Professores.

Outro fato, a Secretária não está preocupada com a qualidade do ensino, pois enviou uma nota pedindo a contratação de professores eventuais para substituir os professores grevistas. Colocar eventuais não preparados e de matérias não específicas a dos professores em greve demonstra que não há preocupação da SEE com a qualidade das aulas, posto que muitos eventuais não sejam formados na área em que são chamados para lecionar. Outro fato, importante de ser relato sobre esse assunto, é a incoerência no pensamento da Secretária Maria Helena de Guimarães Castro, pois em uma entrevista concedida a Revista Veja, afirmou que muitos eventuais não são qualificados, ganham sem fazer nada na sala de aula. Fez critícas duras e severas aos professores eventuais. E agora, com a Greve, pede para contratá-los? Não tem postura alguma!


Não tenho nada contra os Eventuais; pelo contrário, respeito muito essa categoria que, não tem condições mínimas de trabalho, e, no fundo, é abandonada e explorada pela SEE. Quero apenas dizer que discordo da SEE em não respeitar os professores grevistas. Demostração clara de intransigência e desrespeito, pois em uma greve legítima, não se pode contratar trabalhadores para substituir aqueles que estão em greve e que lutam por seus direitos, e no caso dos Educadores, também e por melhorias na Educação.

A Greve continua, sim!
Serra e Maria Helena são os culpados pelos Professores na Rua!

Não querem negociar, e não estão preocupados com os alunos e com a qualidade da Escola Pública. Só querem impor uma política Educacional Equivocada.

PSDB em São Paulo nunca mais! Vamos mostrar nossa insatisfação e indiganação com as políticas em educação nas urnas!

Professores, vamos manter a nossa Luta!
Até a Vitória, sempre!

Veja as fotos da Assembléia e do Ato Público em Defesa da Educação Pública que ocupou toda a Avenida Paulista...O coração da Metrópole Paulista.



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