Os educadores paralisam as atividades para reivindicar uma pauta de 22 itens. Entre eles, progressão horizontal e vertical imediata para quem já cumpriu o tempo de serviço exigido por lei ou apresentou a titulação fazendo jus ao benefício; adequação do plano de carreira; avaliação de desempenho para quem está em estágio probatório; equiparação do reajuste salarial concedido às demais categorias de nível superior; concurso público para todas as áreas da educação básica; pagamento imediato do resíduo do FUNDEF referente ao exercício de 2005; fim da terceirização da merenda escolar e dos serviços de apoio; e melhoria das condições de trabalho.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) divulgou moção de apoio onde pede também que “o governador José de Anchieta Júnior abra as negociações e encaminhe, com urgência, uma proposta concreta para as reivindicações dos educadores de Roraima, com intuito de evitar o prolongamento da greve, sobretudo atendendo aos anseios da população por educação pública de qualidade; e da categoria, por dignidade e reconhecimento profissional”.
A Luta é por muito mais que apenas salário.
A greve dos professores do Estado de Roraima vai muito além da questão salarial e do plano de carreira do magistério. O comando de greve ao percorrer as regiões remotas e isoladas do interior, encontrou material para graves denúncias, que serão encaminhadas aos órgãos competentes, por meio de um dossiê contendo mais de duzentas fotografias, que demonstram situação de calamidade pública na educação de Roraima. "Não agüentamos mais trabalhar em condições precárias e com os nossos direitos assegurados em lei sendo desrespeitados há anos", afirma o presidente do SINTER, Ornildo Souza. Segundo ele, faltam professores, material didático-pedagógico e computadores, as escolas estão em péssimas condições de conservação, sem bebedouros e banheiros adaptados, além da má qualidade da merenda escolar. A terceirização da merenda escolar, segundo o secretário de educação Luciano F. Moreira "faz parte da política do PSDB", portanto, não é um ponto a ser discutido. A situação de escolas extremamente carentes sem merenda, merenda vencida ou completamente deteriorada afirma da falência da política de privatização da educação do governo estadual. Milhões de reais são reapassados para a iniciativa privada e pouco ou nenhum investimento é feito nas escolas, tanto da capital e das sedes dos municípios, quanto nas escolas rurais e indígenas. Nessas últimas o abandono é total. Escolas que tem nome e registro no MEC, mas não são capazes de abrigar seres humanos. Escolas de ficção, que só existem nos papéis da Secretaria de Educação.
TODO APOIO AOS COMPANHEIROS DE RORAIMA!
A LUTA NÃO PODE PARAR!
HASTA LA VICTORIA SIEMPRE!
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