Há mais de dois meses o Chile vem sendo palco de manifestações e protestos de estudantes e professores contrários à reforma educacional. Segundo os manifestantes, a legislação educacional de Bachelet não atende as reivindicações para que se construa uma educação pública e de qualidade. A nova legislação seria apenas a continuidade da lei educacional de Pinochet, que vigora no Chile desde 1990.
Mesmo após o parlamento chileno ter aprovado a nova legislação educacional, estudantes e professores chilenos seguem em luta nas principais cidades chilenas. Colégios e universidades continuam ocupados, assembléias com centenas de estudantes têm sido realizadas e muitas avenidas tomadas pela marcha contra a Lei Geral da Educação de Bachellet.
Mobilizações e repressão policial
Depois dos parlamentares terem aprovado a reforma educacional chilena. No último dia 25 e 26, os estudantes voltaram às ruas das principais cidades chilenas, determinados a lutar por uma educação pública e de qualidade.
O chefe da Coordenação da Assembléia Secundarista de Estudantes (Aceus), Amador Sepulveda, afirmou que “os estudantes estão determinados a perder definitivamente um ano de aulas, para que não percam a educação para sempre”. No primeiro dia, os estudantes marcharam do centro da cidade, da Praça Maipú, até a universidade de Santiago. A manifestação estava transcorrendo de forma pacífica quando sem um motivo determinado, os carabineros começaram a dispersar os estudantes com gás lacrimogêneo e lança-águas.
Os estudantes, para demonstrar o repúdio aos atos violentos da polícia, apenas levantavam as mãos e não reagiam. Em depoimento, um estudante denunciou a ação da polícia repressiva: “Nós não compreendemos qual foi o motivo da ação violenta, vínhamos marchando pacificamente pela avenida como havíamos planejado, mas, de repente, fomos reprimidos sem motivo algum”.
Um dirigente estudantil acrescentou: “Claramente foi uma provocação. Isso demonstra a repressão contra os estudantes e as nossas manifestações pacíficas. Não conseguimos entender o motivo da violência dos carabineros”. Durante essas manifestações do dia 25, foram presos 40 estudantes, a maioria deles menores de idade. A prisão dos estudantes durante os protestos é uma constante que vem se repetindo, a cada nova manifestação. Desde que os protestos se intensificaram a cerca de dois meses, mais de 2 mil estudantes já foram presos e fichados pela polícia.
As manifestações do dia 26 foram das maiores já realizadas. Em Santiago contou com a participação de cerca de cinco mil alunos, entre secundaristas e universitários. Um dos estudantes mobilizados afirmou que: “queremos criar pressão suficiente para que o governo abra as portas ao diálogo direto com a gente”. E acrescentou: “a educação chilena está piorando dia após dia. A educação pública está morrendo”.
Os estudantes se reuniram no Parque Florestal, para iniciarem a marcha até a Praça Almagro. A manifestação havia sido autorizada pelo governo, contudo, foi vigiada de perto por um contingente de carabineros. Logo que a manifestação se iniciou houve um confronto entre os estudantes e a polícia. Os carabineros, utilizando gás lacrimogêneo e lança-águas, dispersaram os manifestantes e prenderam pelo menos 50 estudantes.
Além das marchas pelas avenidas, estudantes de diversos colégios ocupados realizaram durante a última semana várias assembléias, nas quais a posição pela permanência da ocupação e das manifestações tem sido aprovada dia após dia. As principais universidades do país, como a Universidade do Chile e a Universidade de Santiago, entre outras, continuam paralisadas há mais de dois meses.
Diante das manifestações, a ministra da educação, Monica Jimenez, mais uma vez insistiu que não havia nenhuma razão para convocar as mobilizações. Jimenez afirmou que: “a greve é ilegítima, que a violência é ilegítima, porque não há qualquer razão para paralisações nas atividades e greves, então, nós não permitiremos as paralisações, é urgente que as aulas sejam retomadas”.
Além de afirmar ironicamente que não existem razões para as mobilizações, a ministra começou a pressionar os estudantes para que voltem a estudar, para que deixem as mobilizações e retomem as aulas, pois, caso contrário, irão perder o ano letivo.
Depois de reunião com o prefeito de algumas cidades e com o presidente da Comissão de Educação da Associação Chilena de Municípios, Pablo Zalaquett, ela afirmou que cada dia de greve deverá ser reposto e que o ministério não vai aceitar que os estabelecimentos prorroguem diariamente o período das aulas em uma hora.
No Chile, os estudantes devem continuar organizados e as manifestações e ocupações devem permanecer. A lógica do capital, a lógica do lucro que transforma tudo em mercadoria deve ser interrompida. Aos estudantes e professores chilenos só resta a alternativa de continuarem lutando, diariamente, contra as forças que transformam também a educação em apenas mais uma forma de alcançar altos rendimentos lucrativos.
Mesmo após o parlamento chileno ter aprovado a nova legislação educacional, estudantes e professores chilenos seguem em luta nas principais cidades chilenas. Colégios e universidades continuam ocupados, assembléias com centenas de estudantes têm sido realizadas e muitas avenidas tomadas pela marcha contra a Lei Geral da Educação de Bachellet.
Mobilizações e repressão policial
Depois dos parlamentares terem aprovado a reforma educacional chilena. No último dia 25 e 26, os estudantes voltaram às ruas das principais cidades chilenas, determinados a lutar por uma educação pública e de qualidade.
O chefe da Coordenação da Assembléia Secundarista de Estudantes (Aceus), Amador Sepulveda, afirmou que “os estudantes estão determinados a perder definitivamente um ano de aulas, para que não percam a educação para sempre”. No primeiro dia, os estudantes marcharam do centro da cidade, da Praça Maipú, até a universidade de Santiago. A manifestação estava transcorrendo de forma pacífica quando sem um motivo determinado, os carabineros começaram a dispersar os estudantes com gás lacrimogêneo e lança-águas.
Os estudantes, para demonstrar o repúdio aos atos violentos da polícia, apenas levantavam as mãos e não reagiam. Em depoimento, um estudante denunciou a ação da polícia repressiva: “Nós não compreendemos qual foi o motivo da ação violenta, vínhamos marchando pacificamente pela avenida como havíamos planejado, mas, de repente, fomos reprimidos sem motivo algum”.
Um dirigente estudantil acrescentou: “Claramente foi uma provocação. Isso demonstra a repressão contra os estudantes e as nossas manifestações pacíficas. Não conseguimos entender o motivo da violência dos carabineros”. Durante essas manifestações do dia 25, foram presos 40 estudantes, a maioria deles menores de idade. A prisão dos estudantes durante os protestos é uma constante que vem se repetindo, a cada nova manifestação. Desde que os protestos se intensificaram a cerca de dois meses, mais de 2 mil estudantes já foram presos e fichados pela polícia.
As manifestações do dia 26 foram das maiores já realizadas. Em Santiago contou com a participação de cerca de cinco mil alunos, entre secundaristas e universitários. Um dos estudantes mobilizados afirmou que: “queremos criar pressão suficiente para que o governo abra as portas ao diálogo direto com a gente”. E acrescentou: “a educação chilena está piorando dia após dia. A educação pública está morrendo”.
Os estudantes se reuniram no Parque Florestal, para iniciarem a marcha até a Praça Almagro. A manifestação havia sido autorizada pelo governo, contudo, foi vigiada de perto por um contingente de carabineros. Logo que a manifestação se iniciou houve um confronto entre os estudantes e a polícia. Os carabineros, utilizando gás lacrimogêneo e lança-águas, dispersaram os manifestantes e prenderam pelo menos 50 estudantes.
Além das marchas pelas avenidas, estudantes de diversos colégios ocupados realizaram durante a última semana várias assembléias, nas quais a posição pela permanência da ocupação e das manifestações tem sido aprovada dia após dia. As principais universidades do país, como a Universidade do Chile e a Universidade de Santiago, entre outras, continuam paralisadas há mais de dois meses.
Diante das manifestações, a ministra da educação, Monica Jimenez, mais uma vez insistiu que não havia nenhuma razão para convocar as mobilizações. Jimenez afirmou que: “a greve é ilegítima, que a violência é ilegítima, porque não há qualquer razão para paralisações nas atividades e greves, então, nós não permitiremos as paralisações, é urgente que as aulas sejam retomadas”.
Além de afirmar ironicamente que não existem razões para as mobilizações, a ministra começou a pressionar os estudantes para que voltem a estudar, para que deixem as mobilizações e retomem as aulas, pois, caso contrário, irão perder o ano letivo.
Depois de reunião com o prefeito de algumas cidades e com o presidente da Comissão de Educação da Associação Chilena de Municípios, Pablo Zalaquett, ela afirmou que cada dia de greve deverá ser reposto e que o ministério não vai aceitar que os estabelecimentos prorroguem diariamente o período das aulas em uma hora.
No Chile, os estudantes devem continuar organizados e as manifestações e ocupações devem permanecer. A lógica do capital, a lógica do lucro que transforma tudo em mercadoria deve ser interrompida. Aos estudantes e professores chilenos só resta a alternativa de continuarem lutando, diariamente, contra as forças que transformam também a educação em apenas mais uma forma de alcançar altos rendimentos lucrativos.
(Está reportagem foi retirada do Site do MNN)
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