
O governo se mostrou intransigente não se propondo a negociar e disse que apenas ouviria novamente tudo o já sabia, sem avanço a comissão foi convidada a se retirar e foi advertida que teriam cinco minutos para desobstruir a pista.Sem tempo sequer para a comissão repassar os informes de como foi a conversa, a tropa de choque avançou sobre a multidão. A primeira reação dos manifestantes foi de sentar-se. Porém, com truculência inédita, os policiais continuaram avançando, com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha. As pessoas foram forçadas a correr e, assustadas, várias senhoras caíram pelo chão. Dezenas foram atingidos pelas balas, uma das bombas caiu no pátio de uma casa e vários moradores das redondezas foram atingidos. Muitas crianças passaram mal, após inalar o gás.Mesmo sob uma repressão que relembra os duros anos de ditadura militar, muitos professores resistiram bravamente e com a ajuda de moradores fizeram várias barricadas de paus e pneus, para tentar impedir o avanço da tropa. O trânsito foi novamente fechado em frente à Secretaria de Educação e um outro grupo maior de professores seguiu em sentido oposto, rumo ao estádio do Mangueirão, seguido de perto pela polícia que continuava implacável com os ataques, sem ter total sucesso na dispersão. Próximo a um condomínio, os manifestantes encontraram vários postes de energia e fizeram uma barricada carregando um deles para o meio da pista. Os policiais tentaram tirá-lo de lá porém não conseguiram carregá-lo e foram forçados a parar, enquanto os manifestantes comemoravam.O saldo final foi de um estudante e cinco professores presos, dezenas de manifestantes e moradores feridos, seja com escoriações ou atingidos por balas de borracha. Além disso, centenas de pessoas passaram mal pela inalação de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
Todos os lutadores que resistiram ao ataque da governadora aglutinaram-se novamente próximo ao estádio do Mangueirão e realizaram uma assembléia com cerca de 200 pessoas. Todas as intervenções demonstravam uma grande indignação com a postura de Ana Julia (PT) e uma disposição de luta que se intensifica após essa atitude covarde. A greve segue e se amplia. O movimento se fortaleceu e Ana Julia não conseguiu derrotar os professores.
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