Escolas técnicas financiadas com dinheiro público, que deveriam atender alunos gratuitamente, viraram prédios vazios e faculdades privadas ou até edifícios nunca construídos. A conclusão é de fiscalização do Ministério da Educação, informa reportagem de Angela Pinho e Simone Iglesias na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
De 1999 a 2007, 98 entidades --sobretudo fundações e sindicatos-- receberam R$ 257 milhões, o que seria suficiente para erguer 50 escolas federais. O MEC constatou que apenas uma entidade cumpriu todo o contrato: a Fundação Iochpe, que atua em SP e no RS.
Outras 20 abriram vagas gratuitas, mas não na quantidade acordada. Nove delas já existiam antes dos repasses. As demais entidades tiveram irregularidades que, diz o órgão, vão do não oferecimento dos cursos à cobrança de mensalidade de 100% dos alunos.
O MEC fez auditoria e reconheceu que faltou fiscalização. Das escolas que receberam verbas, além das 30 escolas federalizadas, cinco passarão para Estados, 11 estão sob a gestão do Sistema S (Senai, Senar, Senac e Senat) e uma escola decidiu devolver o dinheiro. Para outra foi aberto processo de tomada de contas. Há ainda negociações em curso com outras escolas. As 20 que têm cursos gratuitos em número menor estão redefinindo suas metas com a União.
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