domingo, 30 de novembro de 2008

Greve dos Professores Gauchos continua...

A greve dos professores e funcionários de escolas chegou ao seu 13º dia com a realização de uma grande marcha, nessa quarta-feira (26/11), partindo da sede do CPERS ao Palácio Piratini. O ato é a demonstração da resistência dos trabalhadores frente ao autoritarismo de Yeda Crusius e Mariza Abreu (a secretária de educação), que não negociam com os grevistas e cortaram o ponto dos professores e funcionários paralisados. Cerca de três mil manifestantes, mulheres em sua maioria, coloriram mais uma vez as ruas do centro de Porto Alegre com suas bandeiras.

A greve é a resposta dos trabalhadores ao projeto de piso do governo estadual, que retira direitos, prejudica o plano de carreira dos trabalhadores e rebaixa os salários em relação ao piso federal, que Yeda se recusa a implantar. Uma vez tendo em mãos a carta compromisso assinada por diversos deputados estaduais, assegurando que não votarão nesse ano o projeto de Yeda e Mariza, a reivindicação para o fim da greve é simples: negociação dos dias paralisados. Os professores propõem a recuperação total das aulas, mas o governo Yeda quer punir os trabalhadores que lutam e insiste em cortar os salários, mesmo com a recuperação.

No encerramento da manifestação, um ato que, embora fúnebre, empolgou os trabalhadores mobilizados. Foi realizado o enterro simbólico da corrupção instalada no Estado pelo governo Yeda. Entre outras características desta gestão, foram enterradas a enturmação, a multisseriação, a falta de professores, os 26% do orçamento para a educação, os 143% de aumento para a governadora, o aumento de 89% para secretários e alguns CCs, o corte de ponto dos educadores, a falta de democracia, a compra ainda não explicada da mansão da governadora e as bombas contra o povo organizado em defesa de seus direitos.

Fonte: Conlutas

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