Oitenta e um professores índios receberam nesta segunda-feira, dia 13/10/2008, em cerimônia realizada em São Paulo, o diploma de graduação em pedagogia. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, eles compõem a primeira turma só de indígenas já formada por uma escola de ensino superior do país.
De acordo com a Secretaria da Educação de São Paulo, todos os índios formandos já trabalham em escolas instaladas em alguma das 30 tribos existentes no Estado, ministrando aulas para alunos até da 4ª série do ensino fundamental.
Em uma parceria do governo paulista e da USP (Universidade de São Paulo), eles foram selecionados e graduados para que possam, agora, ministrar aulas para estudantes da 5ª à 8ª série e também do ensino médio.
Esta medida é importante, pois para lecionar para uma comunidade indigena é necessário contato e entendimento com a cultura da tribo, portanto, nada melhor que os próprios indigenas para se tornarem professores em suas comunidades tradicionais. Ainda, o ensino e a formação da cidadania apresentam melhores resultados quando o professor tem identidade cultural com seus alunos.
Exigências do MEC (Ministério da Educação) obrigam que professores indigenas além da 4ª série do ensino fundamental tenham a chamada licenciatura plena. Já há uma lei vigente no Estado de São Paulo que proíbe que professores não-índios dêem aulas em escolas de aldeias. Por isso, a necessidade de graduar os professores indígenas.
Vivem no Estado cinco etnias indígenas: Guarani, Tupi-Guarani, Terena, Kaingan e Kerenak. Cerca de 1.500 índios estudam em escolas instaladas em tribos, segundo a secretaria.
Vivem no Estado cinco etnias indígenas: Guarani, Tupi-Guarani, Terena, Kaingan e Kerenak. Cerca de 1.500 índios estudam em escolas instaladas em tribos, segundo a secretaria.
Fonte: Folha on-line
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