domingo, 28 de setembro de 2008

Sobre o conceito de formação - José Sergio Fonseca de Carvalho

POSTO AQUI TEXTO SOBRE O CONCEITO DE FORMAÇÃO, ESCRITO PELO FILÓSOFO JOSÉ SÉRGIO FONSECA DE CARVALHO, PUBLICADO NA REVISTA EDUCAÇÃO - EDIÇÃO 137 . VALE A PENA LER E REFLETIR.

Sobre o conceito de formação
Diferenças entre o que aprendemos e o que nos afeta como seres humanos

Em colunas anteriores, fiz inúmeras referências ao conceito de formação. Trata-se de uma noção central nos discursos educacionais, mas que de tão recorrente passou a padecer de uma 'anemia semântica'. Seu uso constante e indiscriminado - que o identifica de forma imediata com a transmissão de informações, o desenvolvimento de competências ou a difusão de conhecimentos - tem resultado na perda dos sentidos que historicamente lhe foram associados. Não que sua história seja progressiva e linear, como se entre sua formulação primeira na antiguidade e os sentidos contemporâneos houvesse só continuidade. Mas o reconhecimento de rupturas e transformações históricas num conceito não pode resultar no esvanecimento de seu campo de significação.

É claro que todo processo de formação implica alguma aprendizagem, mas com ela não se confunde. A aprendizagem indica simplesmente que alguém veio a saber algo que não sabia: uma informação, um conceito, uma capacidade. Mas não implica que esse 'algo novo' que se aprendeu nos transformou em um novo 'alguém'. E essa é uma característica forte do conceito de formação: uma aprendizagem só é formativa na medida em que opera transformações na constituição daquele que aprende. É como se o conceito de formação indicasse a forma pela qual nossas aprendizagens e experiências nos constituem como um ser singular no mundo.

Nem tudo que aprendemos - ou vivemos - deixa traços que nos formam como sujeitos. As notícias dos telejornais, o trânsito de todas as manhãs, as informações sobre o uso de um novo aparelho, uma técnica para não errar mais a crase: tudo isso pode ser vivido ou aprendido sem deixar traços, sem nos afetar. Uma experiência torna-se formativa por seu caráter afetivo; um livro que lemos, um filme a que assistimos ou uma bronca que tomamos ressoa em nosso interior, como a nota de um instrumento que, ao ser tocada, ressoa na corda de outro. Trata-se, pois, de um encontro entre um evento, um objeto da cultura e um sujeito que, ao se aproximar de algo que lhe era exterior, caminha em direção à constituição de sua própria vida interior.

Por ter esse caráter de encontro constitutivo, os resultados de uma experiência formativa são sempre imprevisíveis e incontroláveis. É relativamente simples saber se alguém aprendeu uma informação ou em que grau desenvolveu uma competência. Mas é impossível saber com precisão em que sentido e com qual intensidade a apreciação de uma obra de arte teve um papel formativo em alguém. Ao comentar o conflito potencial entre o recorrente desejo de controle da ação pedagógica e o caráter formativo da literatura, Antonio Candido ressaltou que a experiência literária representa uma poderosa força indiscriminada de iniciação na vida. Ela não corrompe nem edifica, mas por trazer livremente em si o que chamamos o bem e o que chamamos o mal, humaniza em sentido profundo, porque faz viver. Assim é uma experiência educativa com valor formativo. Um exercício de liberdade que exige do educador a responsabilidade pelas escolhas e a abdicação do controle sobre seus efeitos na formação de um sujeito.

José Sérgio Fonseca de Carvalho Doutor em filosofia da educação pela FEUSP

FONTE: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12511

VIVA PAULO FREIRE


Para os conservadores que acham Paulo Freire "Radical", que pouco leram seus ensinamentos, e não conseguem tecer criticas mais elaboradas ao pensamento Freireano, como aqueles que Lêem a revista Veja e acham que estão "bem" informados, gostaria de dizer que Radical é a Direita, a Elite que sempre esteve e ainda está no poder.
A direita sim é que é Radical, em todo sentido da palavra. A direita, e os conservadores, que acham que a Educação é um privilégio de poucos e não um direito de todos, ESTES SIM SÃO OS VERDADEIROS RADICAIS.
Os conservadores foram os verdadeiros Radicais que sempre Perseguiram Paulo Freire, o impedindo de desenvolver seu trabalho, tão digno.
Paulo Freire enfrentou a ditadura militar, com coragem. Não abaixou sua cabeça; não se vendeu; não se deixou vencer!
Paulo Freire LUTOU!
Foi exilado, pela direita radical. E mesmo assim não se calou.

Agora, querem desqualificá-lo com criticas mal elaboradas e vazias de conteúdo?
Não! Não vamos aceitar!

VIVA PAULO FREIRE!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

NÃO VEJA! NÃO LEIA! DÊ UM VIVA A PAULO FREIRE.

Na edição de 20 de agosto a revista Veja publicou a reportagem "O que estão ensinando a ele?" De autoria de Monica Weinberg e Camila Pereira.

Esta reportagem, Elitista, escrita por e para os "pequenos burgueses brasileiros", desrespeitou um dos maiores intelectuais brasileiros, nosso Querido Mestre Paulo Freire! E mais uma vez, a VEJA também não perdeu a oportunidade para atacar e repudiar "Che Guevara".

Eis um trecho da reportagem:

"Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa, que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado".

A VEJA, com essa reportagem medíocre, também atacou e desqualificou os professores de História e Geografia, devido a postura política de esquerda adotada por muitos professores que lecionam estas disciplinas.

Com isso, a Revista VEJA, deseduca! Desrespeita! Desvirtua os príncipios da Educação Pública.

Por Isso Não VEJA! NÃO LEIA!

BOICOTEM!
VAMOS CONTINUAR A EDUCAR!

E VIVA PAULO FREIRE.

PROFESSORES SÃO REPRIMIDOS NO RIO GRANDE DO SUL

Em luta contra as reformas Neoliberais aplicadas na educação pública brasileira, os profissionais da educação se manifestavam em frente ao Palácio Piratini na manhã desta terça-feira (23/9) quando foram surpreendidos pela truculência da Tropa de Choque da Brigada Militar. O ato, organizado pelo CPers-Sindicato, denunciava uma série de ataques do governo Yeda Crusius (PSDB) e da secretária da educação, Mariza Abreu, aos direitos dos trabalhadores em educação do Estado.

Os manifestantes estavam aguardando em frente ao Palácio Piratini por uma audiência com o governo. Alguns deputados tentaram negociar a entrada de uma comissão e o recuo do restante dos trabalhadores para a praça em frente ao Palácio. No momento em que os trabalhadores estavam recuando, a Tropa de Choque chegou a cavalo, coordenada pessoalmente pelo coronel Mendes, e jogou-se com os animais para cima do conjunto dos professores, que foram empurrados e agredidos.

Chega de Barbárie! Professor tem que ser respeitado e valorizado, não tratado com brutalidade e violência!

EXIGIMOS RESPEITO.

Os Governos do PSDB não respeitam a Educação Pública; não respeitam os Profissionais da Educação!

Já Basta!!!!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Professores Estaduais de Minas Gerais em GREVE !


Há mais de duas semanas os Professores Estaduais de Minas Gerais declararam GREVE contra as reformas Neoliberais realizadas na Educação, que vêm sendo implementadas pelo Governador Tucano Aécio Neves. A Greve teve início dia 28/08/08 em assembléia realizada em Belo Horizonte.

No dia 04 de setembro, os(as) trabalhadores(as) em educação de Minas Gerais decidiram, pela continuidade da greve por tempo indeterminado. A decisão foi tirada durante Assembléia Estadual, realizada no pátio do Legislativo Estadual, na capital. A definição se deu após a análise do cenário de adesão à greve e da situação da educação em Minas. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o índice de paralisação, em todo o estado, que no início da greve era de 40%, cresce a cada dia.

Em todo o estado, os(as) trabalhadores(as) têm realizado atos, panfletagem, manifestações e contatos com candidatos e partidos para divulgar a greve no horário eleitoral gratuito. Sobretudo, há uma grande mobilização dos comandos de greve para ampliar a adesão de escolas/cidades.

As principais reivindicações são a imediata implementação do Piso Salarial Profissional Nacional no estado, já que a Lei 11.738/08 que o institui foi sancionada em 16 de julho, além de melhores condições de trabalho, garantia de atendimento à saúde e respostas concretas sobre os vários pontos da pauta de reivindicações.

TODO APOIO A LUTA DOS COMPANHEIROS DE MINAS GERAIS.

O PISO SALARIAL É LEI, E NÃO VAMOS ABRIR MÃO!