sábado, 15 de agosto de 2009

Pressionado, conselho adia decisão de flexibilizar calendário escolar.

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

O Conselho Estadual de Educação analisa se manterá a decisão de liberar as escolas de cumprir os 200 dias letivos, previstos em lei. Posições divergentes entre colégios particulares e autoridades da área fizeram com que a decisão definitiva fosse adiada, provavelmente para a próxima semana.

O conselho publicou há uma semana indicação provisória que prevê a flexibilização do calendário escolar, em razão da extensão em até duas semanas do recesso do meio de ano, devido ao risco de disseminação da gripe suína entre os alunos.

A discussão sobre a reposição está restrita à rede particular, pois as secretarias estadual e municipal de Educação de São Paulo já decidiram manter a carga obrigatória.

A rede particular afirma que terá gastos "consideráveis" caso seja preciso repor os dias. Já os governos federal e estadual defendem os 200 dias.

Os conselheiros do órgão se reuniram na última quarta-feira especificamente para definir o tema, mas decidiram não fazer a votação.

Oficialmente, o conselho informou que a decisão foi adiada "até que o colegiado estude mais detalhadamente as questões". Segundo a Folha apurou, a pressão dos diferentes lados forçou o órgão a fazer uma análise mais ampla do tema.

No início da semana, tanto o ministro da Educação, Fernando Haddad, quanto o governador José Serra (PSDB-SP) defenderam a manutenção do calendário. Haddad afirmou ser um "direito" do estudante ter os 200 dias letivos.

Professores não devem repor as aulas

A Lei 444/85 desobriga os professores de repor as aulas que foram suspensas por determinação governamental, como medida preventiva à gripe suína.
Aos profeesores que forem repor as aulas, cabe pedido de pagamento por atividade extraordinária.

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Lei Complementar Nº 444/85 (Estatuto do Magistério Estadual - SP)
Dispõe sobre o Estatuto do Magistério Paulista e dá providências correlatas
CAPÍTULO XV
Das Disposições Gerais e Finais

Artigo 91 – Consideram-se efetivamente exercidas as horas-aula e/ou horas-atividade que o docente deixar de prestar por motivo de férias escolares, suspensão de aulas por determinação superior, recesso escolar, e de outras ausências que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Serra defende a reposição total das aulas

Gustavo Porto e Simone Iwasso

Clipping Educacional - Estado de São Paulo (12.08.2009)

Para governador, proposta do conselho estadual de flexibilizar calendário não faz sentido.
Fonte: O Estado de São Paulo (12.08.2009)Gustavo Porto e Simone Iwasso

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou ontem ser contra a resolução do Conselho Estadual de Educação que flexibiliza o cumprimento dos 200 dias letivos pelas escolas do Estado, em virtude do prolongamento das férias de julho causado pela gripe suína.
"A decisão do presidente (do conselho), ad referendum, não faz sentido", disse o governador. Ele defendeu a reposição total dos dias, determinação ratificada pela Secretaria Estadual da Educação.
A indicação do conselho foi publicada no sábado no Diário Oficial do Estado. O texto diz que escolas devem cumprir com todo o conteúdo curricular, mas que podem fazê-lo da maneira que considerarem menos prejudicial ao ensino. Ou seja, abre brechas para que escolas aumentem a carga horária, realizem tarefas pela internet ou deem aulas à tarde, por exemplo. Desse modo, não precisariam ter todos os 200 dias.
A resolução, no entanto, poderá ser suspensa hoje, quando todos os integrantes do conselho deverão votar o texto. Anteontem, o ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), defendeu que escolas cumprissem com os 200 dias previstos na legislação, abrindo uma polêmica em torno do tema.
"Todas as escolas vão cumprir com o currículo, mas em muitos casos é melhor aumentar a carga horária em vez de dar aulas até o Natal", defende o presidente do sindicato das escolas particulares de São Paulo, Benjamin Ribeiro da Silva.
Opinião semelhante é defendida por Mauro Aguiar, diretor do Colégio Bandeirantes. "Quem pensa na educação sabe que há maneiras melhores de repor aulas do que cumprir no papel os 200 dias num caso como esse", defende ele, que também faz parte do conselho.
No mês que vem, o Conselho Nacional da Educação também deverá publicar uma resolução sobre o tema.
fonte:http://e-educador.com

APEOESP manifesta-se contra projeto do governo

Clipping Educacional - APEOESP (10.08.2009)

A APEOESP manifesta-se contra o projeto do governo estadual e pede pela incorporação imediata das gratificações e reposição salarial de 27,5%
A Diretoria Estadual Colegiada da APEOESP (DEC) reuniu-se no dia 10/08 na Sede Central para analisar o Projeto de Lei Complementar nº 29/2009 do governo estadual que institui sistema de promoção para os integrantes do Quadro do Magistério da Secretaria da Educação.
A Diretoria concluiu que o PLC 29/2009 não atende às necessidades da escola pública estadual e da categoria, embora o governo, através da mídia, venha criando um marketing em torno da proposta a partir da ilusória perspectiva de que os professores poderão alcançar altos salários. Governo não respeita as entidades.
A entidade afirma que não pode aceitar o método utilizado pelo governo para impor seu projeto, desrespeitando ela e demais entidades representativas do Magistério, com as quais não estabeleceu qualquer diálogo. Também desrespeitou a própria Lei Complementar 836/97 (Plano de Carreira) que, em seu artigo 25, cria a comissão paritária de gestão da carreira, na qual quaisquer assuntos relativos à carreira do Magistério - sobretudo as referentes à evolução funcional - teriam que ser discutidas previamente.
A Apeoesp lembra que o governo tentou inviabilizar esta comissão (fruto da sua luta) com o veto do então governador Mário Covas, que foi derrubado pela Assembleia Legislativa no ano 2000 (quando houve longa greve da categoria). Depois ingressou com ação judicial, derrubada em 2006 no STF. Agora, recusa-se a cumprir a lei. Diante disto, caso o governo não recue e reúna a comissão, a APEOESP poderá tomar as providências judiciais cabíveis.
Marketing minimiza restrições do projeto
O tipo de abordagem feito por setores da mídia e pelo governo minimiza aspectos importantes do projeto, que restringem drasticamente o seu alcance, entre eles:
As notas mínimas exigíveis para a promoção dos professores são crescentes, sendo 6 do primeiro para o segundo nível;
7 do segundo para o terceiro nível;
8 do terceiro para o quarto nível;
e 9 do quarto para o quinto nível, num possível de 10.
Para atingir o quinto nível, um professor ingressante necessitará trabalhar de forma ininterrupta, no mínimo, por 13 anos, desde que cumpridas as demais exigências e obtidas as notas acima referidas.
Além das demais condições, para participar de cada etapa da progressão o professor precisará permanecer na mesma escola ou unidade administrativa (no caso de supervisor de ensino) durante, no mínimo, 3 anos e 2 meses (na primeira avaliação) e 2 anos e oito meses (nas demais avaliações). Entretanto, não há qualquer política de incentivo salarial e profissional para que o professor, hoje, permaneça na mesma escola.
Também é exigido do professor alto índice de frequência para participar do processo de promoção, não respeitando os direitos estabelecidos pela legislação como faltas médicas (já restritas pela lei 1041/2008); licença-prêmio e outras.
Serão penalizados no processo professores que tenham feito uso de faltas abonadas.
Serão promovidos à faixa seguinte, no máximo, 20% dos integrantes de cada faixa salarial, desde que cumpridos os demais requisitos. Este é o percentual máximo; entretanto, seu cumprimento depende da disponibilidade orçamentária declarada pelo governo em cada ano, o que significa que o índice de promovidos poderá, no limite mínimo, ser próximo de zero, se o governo entender que não dispõe de recursos para mais que isto.
Os atuais aposentados não serão beneficiados.
O Adicional de Local de Exercício e o Adicional de Transporte se incorporam nos proventos da aposentadoria proporcionalmente ao tempo de contribuição (1/30 por ano para o homem e 1/25 por ano para a mulher), mas somente à medida que passarem a sofrer o desconto previdenciário previsto no projeto, reduzindo o que o professor da ativa de fato recebe mensalmente.
Para entidade o governo quer desviar atenção da sociedade
Com este projeto, segundo a Apeoesp, o governo Serra quer desviar a atenção da sociedade da nossa luta salarial e dos graves problemas da escola pública e, por meio de mais uma avaliação, jogar novamente sobre as costas dos professores a responsabilidade pelas deficiências do ensino. Quer desviar a atenção de suas próprias falhas, como a imposição de medidas educacionais fragmentadas; falta de infra-estrutura das escolas; ausência de política salarial e de valorização dos professores; centralização, confecção e distribuição de materiais paradidáticos inadequados e contendo erros grosseiros (quem não se lembra das cartilhas com dois “Paraguais” e dos livros pornográficos?); autoritarismo e falta de autonomia didático-pedagógica das escolas e tantas outras.
Além disso, o governo mais uma vez tenta dividir nossa categoria, estabelecendo reajustes salariais diferenciados e criando, também, a possibilidade de que haja qualidade de ensino diferenciada nas escolas estaduais, de acordo a remuneração do corpo docente.
Projeto eleitoreiro
Finalmente, fica clara a intenção eleitoral do governo Serra, quando prevê que em 2010 (ano das eleições) a avaliação prevista no PLC 29 será aplicada no mês de janeiro. Nos demais anos, está prevista para julho.
O que está em discussão é o embate entre dois projetos antagônicos. De um lado um governo que não investe na escola pública, não respeita e não valoriza os professores, não assegura condições para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem e cria propostas que se resumem a puro marketing. De outro, uma categoria que trabalha em condições adversas e, ainda assim, mantém profundo compromisso com a educação pública porque tem plena consciência de seu papel social na formação dos cidadãos brasileiros e que, por isso, precisa ser valorizada e remunerada de forma digna.
Incorporação das gratificações e reajuste para todos!
Na realidade, o governo Serra está alterando o Plano de Carreira em vigor sem corrigir suas graves distorções, entre elas a existência de gratificações (GAM e GTE) e a brutal queda do poder aquisitivo dos salários dos professores. Para nós, qualquer alteração no Plano de Carreira tem que ser precedida da imediata incorporação das gratificações (e sua extensão aos aposentados) e a reposição imediata de 27,5% sobre nossos salários, de forma a recuperar as perdas acumuladas desde março de 1998. A partir daí, sim, queremos fazer um debate global sobre a nossa carreira, pois há diversos pontos a serem alterados.
Por uma Carreira aberta!
Lutamos por uma carreira aberta, na qual os professores possam chegar aos índices salariais mais altos sem a necessidade de deixar a sala de aula, valorizando assim a função docente. Queremos uma carreira que nos ofereça uma amplitude muito maior de possibilidades de evolução funcional e salarial recuperando, em parte, uma realidade que existiu até a promulgação da LC 836/97, que reduziu nossas possibilidades de evolução a apenas cinco faixas salariais. Queremos uma carreira que nos ofereça programas de formação continuada em serviço, associados a uma jornada de trabalho adequada, com no mínimo 1/3 dedicado a atividades extraclasses, conforme prevê a lei do piso salarial profissional nacional. Queremos uma carreira que esteja associada a condições adequadas de trabalho, a começar pelo fim da superlotação das salas de aula.
Diante do debate realizado, a DEC reafirmou o seguinte calendário de luta:
Dia 26/08 – Reuniões de Representantes de Escolas e Aposentados
Dia 28/08 – Assembleia Estadual – 15 horas – Praça da República

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Projeto de Aumento para professores

Saiba mais sobre o projeto Neolibral e excludente de Serra e Paulo Renato.

Reajuste valerá para quem ficar 3 anos na escola

Camila Souza
do Agora

Para fazer a primeira prova em janeiro de 2010 e tentar um aumento de 25%, os professores, diretores e supervisores do Estado terão de estar na mesma escola há, no mínimo, três anos e dois meses.

* Entidades criticam o projeto

Esse tempo representa a determinação de que os docentes devem cumprir 80% do tempo de intervalo entre as promoções em uma unidade de ensino. No caso, a conta foi feita sobre quatro anos, que é o período mínimo de trabalho na rede exigido para fazer a avaliação inicial.

Além disso, para fazer a prova, os profissionais terão de atingir 80% do máximo de pontos possíveis na tabela de frequência, que ainda será definida pela Secretaria de Estado da Educação. Quem não usar as seis faltas abonadas por ano, que é um direito dos profissionais, ainda terá uma pontuação especial, que poderá ser usada como critério de desempate na prova.

As informações estão no projeto de lei n.º 29, que propõe um sistema de promoção por mérito. A proposta, que está em análise na Assembleia, foi publicada ontem no "Diário Oficial" Legislativo.

Porém, a secretaria ainda vai definir os critérios exatos para a contagem de tempo na escola e frequência por meio de futuros decretos.

Segundo o projeto, a primeira prova será realizada em janeiro de 2010. Quem conseguir estar entre os 20% melhores classificados já conseguirá ter os 25% de aumento a partir de março do próximo ano, sendo esse valor retroativo a janeiro. Os profissionais que quiserem participar desse exame precisarão preencher todos os requisitos até o dia 30 de novembro deste ano.

A avaliação será anual e, a partir de 2011, será realizada todo mês de julho.

O concurso será aberto em maio, e os profissionais terão até o dia 31 de março para preencher os requisitos.

De acordo com o projeto, o professor que conseguir a nota mínima para ser promovido, mas não estiver entre os 20% primeiros colocados, poderá usar a nota obtida em provas futuras. Caso ele queira tentar outra vez, será considerada a maior pontuação.

Como será
O projeto prevê um aumento de 25% para profissionais da rede a cada três anos, condicionado ao desempenho.

Os salários poderão chegar a R$ 6.270,76, para professores, R$ 7.147,05, para diretores de escola, e R$ 7.813,63, para supervisor de ensino, incluindo as gratificações.

Para ter aumento, o professor terá de estar entre os 20% mais bem qualificados em uma prova. Após três anos, esses profissionais poderão fazer outra prova e, se aprovados, receberão mais 25% de reajuste, e assim sucessivamente.

Serão criadas cinco faixas salariais. Para passar para uma faixa superior, o profissional terá de acertar de 60% a 90% da prova.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Atribuição de aulas para professores categoria “F”

Atenção: Atribuição de aulas para professores categoria “F”

A Secretaria de Legislação e Defesa dos Associados da APEOESP orienta todos os professores categoria “F” que ficaram sem aulas, ou não conseguiram atingir as 12 horas/aula no processo de atribuição da Educação de Jovens e Adultos ocorrido no final de julho, a formularem requerimento ao diretor da unidade escolar solicitando que lhes sejam garantidas as 12 horas/aula, conforme determina a Lei 1093/09. Mais informações podem ser obtidas no Departamento Jurídico das subsedes do Sindicato.

Governo de SP anuncia 1º curso tecnológico a distância

O governo de São Paulo anunciou a criação da primeira graduação tecnológica a distância ofertada pelo Estado. É o curso de tecnologia em processos gerenciais, que tem início previsto para o segundo semestre de 2010.

O curso será voltado para a formação de gestores de pequenas e médias empresas. Terá duração de três anos, com carga de 20 horas semanais, divididas em aulas presenciais e a distância.

O estágio supervisionado será obrigatório.

Em fase de elaboração, o projeto ainda precisa da aprovação do MEC e do Conselho Estadual de Educação. A coordenação é do Centro Paula Souza, em parceria com a Univesp.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Professores de SP terão prova para aumento salarial

Mais um nefasto exemplo da politica Neoliberal de Serra e do PSDB. A medida serve para dividir uma categoria, que já é dividida em efetivos, ACT´s da categoria F e L e eventuais. Quer criar uma "Elite" de professores, com altos salários, enquanto muitos continuarão a ganhar pouco, enfrentando salas superlotadas e sem condições mínimas de infra-estrutura. Veja a proposta, a seguir.

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A Secretaria da Educação de São Paulo lança amanhã um projeto de lei que vai modificar toda a evolução na carreira do magistério. Com a nova medida, os aumentos salariais dos professores --que são por tempo de serviço e aprimoramento de currículo-- passam a ser também por meio de provas. (informações da edição de 03/08/09, segunda-feira, da coluna de Mônica Bergamo da Folha).

De acordo com a colunista, as provas serão aplicadas a cada três anos e os 20% que alcançarem as melhores notas poderão ter aumentos de até 100% em pouco mais de uma década.

A proposta prevê a criação de cinco faixas salariais para os professores, que variam entre R$ 1.834 --inicial-- e R$ 7.000 --no fim de carreira. Quem for mal nas provas terá apenas os reajustes tradicionais.

Ainda segundo a colunista, a frequências em aulas e permanência na mesma escola também contam ponto ao professor. O projeto terá que ser aprovado pela Assembleia Legislativa, para entrar em vigor.