quinta-feira, 25 de junho de 2009

Campanha salarial e educacional continua

Pressão da categoria garante ampliação no número de vagas

Mantendo a pressão sobre os parlamentares da base aliada e sobre o próprio governo, os professores conseguiram também que fosse alterada a duração do contrato temporário, de um para dois anos (combinando-se com a realização periódica dos concursos) e que fosse ampliado número de vagas para concurso, de 50 mil para 80 mil, conforme emenda proposta pelo deputado Roberto Felício.

Campanha salarial e educacional continua

Em todos os momentos deste processo, a categoria manteve-se em estado de mobilização permanente, com a realização de assembleias gerais em frente à Secretaria da Educação e, sobretudo, vigílias na Assembleia Legislativa. Também foram realizadas reuniões com a Secretaria da Educação. Na primeira delas, com presença do secretário, a Diretoria reafirmou as reivindicações, denunciou os problemas advindos dos projetos, entre eles, a rotatividade e a imposição de uma escolinha de formação, sobre a qual não há qualquer informação consistente. O Sindicato reforçou a necessidade de formação continuada a todos os profissionais da rede pública de ensino.

A pressão e a mobilização continuam pelo atendimento de todos os pontos da pauta da categoria, entre eles, 27,5% para repor as perdas acumuladas; garantia de 33% da jornada para atividade extraclasse; concurso público classificatório periódico em todos os níveis e disciplinas; novo Plano de Carreira; fim da superlotação das salas de aula; reajuste salarial para todos; incorporação de todas as gratificações, com extensão aos aposentados; fim da política de bônus e imediatas ações para prevenção à violência nas escolas. O Sindicato também fortalecerá a luta pelo reconhecimento social de toda a categoria.

Fonte: Apeoesp

Universidade Virtual de São Paulo é projeto irresponsável.

Por Azenha

Origem Rede Brasil Atual

Para professora da Faculdade de Educação da USP, Lizete Arelaro, projeto é irresponsável ao não ouvir ninguém contra a Univesp e ao prever formação a distância de educadores

Publicado em 24/06/2009

A Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) está ficando mais real do que gostariam alguns setores da academia. Ainda que esta semana o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) tenha decidido adiar o início do curso a distância de Licenciatura em Ciências da USP, previsto inicialmente para o segundo semestre, trata-se apenas de postergar os fatos.

Em nota, a Universidade informou que o começo dos trabalhos depende de estabelecimento de convênio específico com a Secretaria de Ensino Superior “que garanta o financiamento das atividades e da infraestrutura necessária para seu desenvolvimento com vistas à qualidade que permeia os cursos de graduação”.

Em momento algum o comunicado fala que a USP abriu mão do projeto da Univesp, reivindicação apresentada por professores, funcionários e alunos em greve. Mais do que isso, a Secretaria de Educação Superior confirmou à Rede Brasil Atual que o edital com o processo de seleção para o curso de Pedagogia da Unesp será lançado em agosto e as aulas podem começam em setembro – o Núcleo de Educação a Distância da Unesp, no entanto, pondera que não há pressa e que as aulas só terão início quando estiverem contempladas todas as necessidades. Haverá ainda uma especialização em Ética, Valores e Saúde na USP Leste.

Para a professora Lisete Arelaro, da Faculdade de Educação da USP, a Univesp corresponde a uma lógica de ensino do PSDB que tem muita força desde o governo Fernando Henrique Cardoso. Ela ressalta uma tentativa evidente de privilegiar oligopólios privados no setor e a Universidade Virtual encaixa-se nesse caminho como uma espécie de aval para que as faculdades particulares formulem seus cursos a distância.

A maioria dos críticos do projeto destaca que o correto seria que o ensino não-presencial fosse meramente um complemento dos debates em sala de aula. “É uma irresponsabilidade que efetivamente a gente comece por aquilo que uma maioria da área de educação tem uma clareza, qualquer professor sabe que a formação inicial é fundamental na atuação de um jovem”, afirma Lisete Arelaro.

Como muitas das leis da gestão José Serra, a Univesp foi criada por decreto, o que gera novas críticas devido à falta de diálogo, problema que seguiu existindo nas discussões sobre a condução do projeto. O Comitê Diretivo da Univesp é constituído por 25 pessoas, todas elas integrantes das secretarias de Educação ou de Ensino Superior, reitores e pró-reitores das universidades estaduais e presidentes de fundações.

Para a professora da USP, “essa discussão é precipitada, sem estudos que fundamentem uma posição. Não temos nenhuma situação no estado de são Paulo, estado que tem o maior número de professores titulados, que justifique você abrir um curso com milhares de vagas a distância”. A docente critica também a existência de tutores que serão responsáveis pela condução de diversas disciplinas: “estamos instalando a polivalência no ensino superior sem discutirmos o que isso significa. Como se de repente tivéssemos adquirido competência para falar de Sociologia, Psicologia, História da Educação, Financiamento, tudo isso num mesmo nível. É um equívoco. É importante dizer que os países avançados nunca adotaram formação inicial a distância”.

Para o governo estadual, a Universidade Virtual é uma possibilidade única de ampliação de vagas no ensino superior e de formação de professores. Um dos argumentos é justamente a debilidade do estado em formar docentes para a educação básica. No anteprojeto da Univesp está pontuado que, como São Paulo tem 60 mil professores do ensino básico apenas com ensino médio completo, “fica clara a queda de rendimento da aprendizagem dos alunos da Educação Básica do estado de São Paulo quando comparados a dados gerais brasileiros e mesmo em comparação a outros estados”.

Dentro deste argumento há outro que é a necessidade de formar profissionais para áreas em que exista um déficit. Para Lisete Arelaro, é impossível entender o critério pelo qual as universidades estaduais paulistas aceitam formar profissionais a distância. “Nos estudos estatísticos e em todos os concursos realizados no estado de são Paulo, nunca faltou pessoal qualificado para dar aula. Tem um problema que o governo do estado faz questão de desconhecer que é o baixo salário. Não é estimulante para o jovem ir para a rede pública porque ele ganha extremamente mal e ele tem opções muito mais interessantes”, afirma.

15 mil professores perderão o cargo em 2011

Clipping Educacional - do Agora

Os professores temporários da rede estadual que foram contratados depois de 1º de junho de 2007 terão que deixar seus cargos no fim de 2011. Isso ocorre porque foi aprovado anteontem, na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que prevê o tempo máximo de dois anos de trabalho para docentes temporários contratados a partir de junho de 2007.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, porém, o prazo de dois anos para esses temporários só vai começar a contar a partir do momento em que os profissionais fizerem um prova de avaliação de desempenho, o que está previsto para acontecer até o final deste ano.

O Agora apurou que são cerca de 15 mil professores na rede que estão nessa condição.

Após o fim do contrato, o professor temporário será obrigado a passar por um período de "quarentena" de 200 dias para se tornar apto novamente a concorrer a uma nova vaga na rede pública.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Preconceito piora desempenho de alunos, diz pesquisa

MARIANA BARROS
da Folha de S.Paulo

Alunos zombando de outros alunos, de professores ou de funcionários do local onde estudam é, mais do que brincadeira de mau gosto, sinal de pior rendimento escolar.

Uma pesquisa realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do MEC (Ministério da Educação) demonstrou que, quanto mais preconceito e práticas discriminatórias existem em uma escola pública, pior é o desempenho de seus estudantes.

Entre as experiências mais nocivas vividas por esses jovens está o bullying, que é a humilhação perante colegas por motivo de intolerância.

As consequências na performance estudantil são mais graves quando as vítimas de zombaria são os professores. Entre os alunos, os principais alvos são, respectivamente, negros, pobres e homossexuais.

Para chegar a essa associação entre o grau de intolerância e o desempenho escolar, o estudo considerou os resultados da Prova Brasil de 2007, exame de habilidades de português e matemática realizado por quem cursa da 4ª à 8ª série do ensino fundamental da rede pública.

A conclusão foi que as escolas com notas mais baixas registraram maior aversão ao que é diferente. O MEC não informou que medidas pretende tomar a respeito dessa constatação.

"A conjectura que podemos fazer é que o bullying gera um ambiente que não é propício ao aprendizado", afirma o economista José Afonso Mazzon, coordenador da pesquisa.

"Não é uma questão de política educacional, mas de governo, de Estado. O indivíduo que nasce negro, pobre e homossexual está com um carimbo muito sério pela vida toda", diz Mazzon, para quem o preconceito vem normalmente da própria família. "Para alterar uma situação como essa acredito que levará gerações."

Foram entrevistadas 18.600 pessoas, entre alunos, pais, diretores, professores e funcionários de 501 escolas de todo o Brasil. Entre os estudantes, participaram da pesquisa os que cursam a 7ª ou a 8ª série do ensino fundamental, a 3ª ou a 4ª série do ensino médio e o antigo supletivo, o EJA (Educação para Jovens e Adultos). Do total estudantil, 70% têm menos de 20 anos.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u582787.shtml

domingo, 14 de junho de 2009

Dimenstein - Continua um grande idota.


CARTA ENVIADA À FOLHA DE S.PAULO

Mais uma vez Gilberto Dimenstein ataca os professores e a APEOESP. O título de sua coluna no domingo, 07/06, explica de que lado está, ao alinhar-se aos empresários contra os sindicalistas.
Em seus textos, Dimenstein deixa clara sua identificação com os interesses privados na gestão educacional e seu incondicional apoio às políticas educacionais fragmentárias e autoritárias implementadas nos últimos 14 anos no estado de São Paulo.
Não reconhecemos no “articulista” autoridade para nos dar lições. Somos nós, professores, quem mais lutamos pela escola pública, pois vivemos e sofremos com nossos alunos seu cotidiano de abandono, violência, imposições, falta de recursos e, pior que tudo, falta de reconhecimento. São mazelas que senhor Dimenstein finge ignorar, em sua tarefa de ajudar o partido pelo qual nutre indisfarçável simpatia a tentar desmoralizar os professores e o nosso Sindicato.

Maria Izabel Azevedo Noronha
Presidenta da APEOESP
Membro do Conselho Nacional de Educação

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Formação de professores proposta por governo paulista é irracional, avalia pesquisador

Para refletir sobre o novo pacote para a educação paulista, o Observatório da Educação entrevistou o professor Elie Ghanem, da Faculdade de Educação da USP.

No início de maio, o governo de São Paulo anunciou medidas que incluem a abertura de 50.000 cargos efetivos para professores da rede estadual, a criação de jornadas de trabalho de 12 e 40 horas, e a constituição da Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo para ‘formar’ os docentes aprovados no concurso, dentre outras.

Fonte: Observatório do Observatório da Educação

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Professores de SP adiam Greve

Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram, em assembleia realizada na tarde de quarta-feira (3), não entrar em greve como estava programado para acontecer a partir de ontem. A categoria decidiu permanecer mobilizada e deve realizar uma nova assembleia e paralisação no dia 16 de junho.

Segundo a presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Maria Izabel Azevedo Noronha, a categoria decidiu manter as atividades devido aos compromissos do calendário escolar com a proximidade do recesso do mês de julho. Mas ela não descarta a instauração de greve. "Se não tiver reajuste salarial vai ter greve sim", destaca Maria Izabel.

A categoria reivindica um reajuste de 27,5% e a retirada da Assembleia Legislativa de dois projetos de lei, de autoria do governador José Serra (PSDB), que modificam a forma de contratação dos docentes das escolas estaduais.

Ontem (3), uma audiência pública reuniu professores na Assembleia Legislativa de São Paulo para discutir os projetos. Segundo Maria Izabel, a categoria expôs alguns dos problemas nos projetos. O secretário da educação também participou da audiência.

O Projeto de Lei Complementar 19/2009 determina que os professores temporários que entraram na rede depois de junho de 2007 terão contratos limitados a 12 meses. Depois disso, eles não poderão assumir funções no Estado por 200 dias. Os professores que entraram antes da data estão protegidos pela regulamentação da previdência estadual e, por isso, têm estabilidade.

Para o sindicato, o projeto prejudicará 20 mil dos 80 mil temporários e aumentará a rotatividade de professores, prejudicando ainda mais a qualidade do ensino público.

Já o Projeto de Lei Complementar 20/2009 afirma que professores que prestarem concursos públicos terão, depois de aprovados, que fazer um curso de formação de quatro meses e uma nova prova. Somente os melhores colocados nesta segunda avaliação poderão assumir as funções. Nos quatro meses, os docentes receberão 75% do salário.

Para o sindicato, depois de passarem no concurso, os professores já estão aptos para exercer suas funções e não precisam fazer uma nova prova.

fonte: folha on line